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segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Ciclo de workshops ILB e NEHM


Os núcleos de pesquisa "Impérios e Lugares do Brasil (ILB)", "Núcleo de Estudos em História da Historiografia e Modernidade (NEHM)", e as linhas pesquisas do Programa de Pós-Gradução em História da UFOP, "Poder, Espaço e Sociedade" e "Ideias, Linguagens e Historiografia" convidam para os Workshops:

- "Biografia e ensaio no espaço latino-americano, com o Prof. Dr. Eduardo Ferraz (USP/FESC)

1ª Sessão: 18 de dezembro às 14hs
• "Biografia e tradição latino-americana na obra de Carpentier"

2ª Sessão: 19 de dezembro às 14hs
• "Romantismo e ruínas na obra tardia de Capistrano de Abreu"

- "Fotografia, literatura e experiência da modernidade"

1ª Sessão: 19 de dezembro de 2013, das 14hs às 16hs.
• "Literatura e experiência da modernidade: o caso Machado de Assis", com o Prof. Dr. Daniel Pinha (UERJ/PUC-Rio)

2ª Sessão: 19 de dezembro de 2013, das 16hs às 18hs
• "Fotografia e experiência da modernidade na virada do século XIX: Rio de Janeiro e Bueno Aires em perspectiva comparada", com a Profa. Dra. Viviane Araujo (PUC-Rio).

quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Grupo de Discussões em História da Historiografia



O NEHM - Núcleo de Estudos em História da Historiografia e Modernidade convida todos para o terceiro encontro do "Grupo de Discussões em História da Historiografia", com o debate dos textos:

RANGEL, Marcelo de Mello. Gonçalves de Magalhães e a Civilização do Império do Brasil através da poesia. História e Perspectivas, Uberlândia (45): 149-192, jul/dez, 2011.

RANGEL, Marcelo de Mello. Uma análise do clima histórico no período regencial através do Romantismo: pessimismo e esperança na poesia de Gonçalves de Magalhães. (Texto Inédito)

dia: 14 de novembro de 2013
horário: 14hs
local: sala I-25 (Prédio das Salas de Aula) - ICHS/UFOP

Os textos encontram-se na pasta do NEHM no Xérox do ICHS.

Informações: nehm@ichs.ufop.br

Mini-Curso - No reino das sombras: A cultura histórica na República de Weimar


A República de Weimar é, muitas vezes, compreendida como o período que antecedeu o nacional-socialismo. Embora esta dimensão não possa ser menosprezada, o esforço do curso é o de perceber suas características, seus impasses, suas ambiguidades e decisões.

Em seu famoso ensaio “Experiência e pobreza”, Walter Benjamin afirmava que os relatos dos soldados retornados das trincheiras da Primeira Guerra Mundial eram pobres em experiência. Uma maneira de elaborar a clássica afirmação de Benjamin é a de confrontá-la com algumas obras produzidas durante o período de Weimar. No curso, não pretendo pensar somente textos que tratam diretamente da guerra (como “Tambores na Noite”, de Bertolt Brecht, “Nada de novo no front”, de Erich Maria Remarque, ou os relatos de Ernst Jünger sobre sua própria experiência no front), mas, acima de tudo, ver a elaboração no romance e no cinema desta “profunda mudança abissal” vivida após o primeiro conflito mundial. E, neste sentido, artistas como Thomas Mann e Fritz Lang podem ser ótimos pontos de partida para pensar o problema.

Weimar era um reino de sombras: nada, àquele momento, parecia claro. O que era evidente na política também era pensado na arte.


Prof. Dr. Pedro Caldas


Inscrições até o dia 15/11


PROGRAMAÇÃO

18/11, segunda-feira

14:00 – 18:00:

Introdução: Breve contexto sobre a República de Weimar e o problema da representação.
Thomas Mann: 1ª. parte – Thomas Mann, herdeiro de Goethe?

19/11, terça-feira

09:00 – 12:00: Thomas Mann: 2ª, parte: “A Montanha Mágica”.
14:00 – 18:00 – Exibição e análise de “M- O Vampiro de Düsseldorf”, de Fritz Lang.



Bibliografia Básica


BENJAMIN, Walter. Experiência e pobreza. In: ______. Magia e técnica, arte e política. São Paulo: Brasiliense, 1993.
http://search.4shared.com/postDownload/JW7s0p0Q/BENJAMIN_Walter_-_Magia_e_Tecn.html

______. A Obra de arte na era de sua reprodutibilidade técnica. In: ______. Magia e técnica, arte e política. São Paulo: Brasiliense, 1993.
http://search.4shared.com/postDownload/JW7s0p0Q/BENJAMIN_Walter_-_Magia_e_Tecn.html

BRECHT, Bertolt. Tambores na noite. In: ______. Teatro completo, vol.1. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1986.

MANN, Thomas. A montanha mágica. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2006.
http://search.4shared.com/postDownload/Ovz9yoN1/thomas_mann_-_a_montanha_mgica.html

MANN, Thomas. Morte em Veneza/ Tonio Kröger. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2000.
http://pt.scribd.com/doc/157465925/A-Morte-Em-Veneza-e-Tonio-Kroeger-Thomas-Mann

KRACAUER, Siegfried. De Caligari a Hitler: Uma História psicológica do cinema alemão. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1974.
http://pt.scribd.com/doc/64501711/Siegfried-Kracauer-De-Caligari-a-Hitler-Historia-psicologica-del-cine-aleman

REMARQUE, Erich Maria. Nada de novo no front. Porto Alegre: L&PM, 2005.
http://whatshame.files.wordpress.com/2012/11/nada-de-novo-no-front-dogeat-therebels.pdf

SCHMITT, Carl. O Conceito do político. Petrópolis: Vozes, 1992.
http://sociofespsp.files.wordpress.com/2012/12/schmitt-carl-o-conceito-do-polc3adtico.pdf

WEBER, Max. Parlamentarismo e governo numa Alemanha reconstruída. In: ______. Ensaios de sociologia e outros escritos. São Paulo: Abril Cultural, 1974. Coleção Os Pensadores. Vol. XXXVII.
http://www.afoiceeomartelo.com.br/posfsa/Autores/Weber,%20Max/Max%20Weber%20-%20Textos%20Selecionados%20-%20Os%20Pensadores.pdf



Para se inscrever no mini-curso CLIQUE AQUI

quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Mesa Redonda: A biografia em questão


Jornadas ILB, GEHA, JALS e LEIR e Ciclo de Debates do NEHM

Convidam para a Mesa Redonda:

"A biografia em questão"

Alexandre de Sá Avelar (UFU) e Benito Schmidt (UFRGS)

Debatedor: Mateus Pereira (NEHM- UFOP)

Local: Sala de Reuniões (ICHS)
Data: 29 de outubro de 2013
Horário: 10:00h

quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Concurso de Monografias SBTHH



A Sociedade Brasileira de Teoria e História da Historiografia divulga os ganhadores do Concurso de Monografias (2010-2012):

HISTÓRIA DA HISTORIOGRAFIA GERAL

Historiografia em rede: história, internet e novas mídias: preocupações e questionamentos para historiadores do século XXI
Anita Lucchesi

TEORIA

História desafiada: inefabilidade, criação, silêncio
Ivan Bilheiro Dias Silva

HISTÓRIA DA HISTORIOGRAFIA BRASILEIRA

Do inferno ao paraíso: representações historiográficas sobre Manoel Beckman
Mailson Gusmão Melo

A experiência do passado: a escrita da História como discurso da civilização
Rodrigo Machado da Silva

A monografia "O amor em O Colar da Pomba de Ibn Hazm: uma releitura de Platão e Aristóteles", da autora Celia Daniele Moreira de Souza, ganhou uma menção honrosa, na área de Teoria, pela qualidade do trabalho apresentado.


Site da SBTHH: www.sbthh.ufop.br

segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Debate com Prof. Hans Ulrich Gumbrecht (Stanford University)


Debate com Prof. Hans Ulrich Gumbrecht (Stanford University)

Tema: Clima histórico, ritmo: novas fronteiras da historiografia.

Além de diversos livros e artigos do professor já traduzidos, o debate estará concentrado em seu "Atmosphere, Mood, Stimmung".

O livro está disponível para aquisição no link, sendo a leitura requisito obrigatório para a inscrição: http://www.amazon.com.br/Atmosphere-Mood-Stimmung-Literature-ebook/dp/B009D16TWA/ref=sr_1_2?ie=UTF8&qid=1377105183&sr=8-2&keywords=gumbrecht

Dia 02 de setembro de 2013, Segunda-feira
Local: ICHS-UFOP
Manhã: 09:00 às 12:00
Tarde: 13:30 às 16:30
Vagas Limitadas

Confirmar pelo e-mail: nehm@ichs.ufop.br

terça-feira, 6 de agosto de 2013

LANÇAMENTO: A fascinação weberiana: As origens da obra de Max Weber



Convidamos a todos os interessados para o lançamento do livro, "A fascinação weberiana: As origens da obra de Max Weber" do Prof. Dr. Sérgio Ricardo da Mata (NEHM/UFOP) na próxima terça-feira (13 de agosto de 2013) à noite, durante o 7º Seminário Brasileiro de História da Historiografia.


quarta-feira, 24 de julho de 2013

LANÇAMENTO: Princípios gerais da ciência histórica

Princípios gerais da ciência histórica

Exposição dos elementos básicos para uma nova visão sobre todos os tipos de saberes

Johann Martin Chladenius
Sara Baldus (trad.)

Editora Unicamp

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Princípios gerais da ciência histórica é uma obra seminal da historiografia alemã e também uma leitura obrigatória para os estudiosos da teoria da história. Verdadeiro tratado para a ciência histórica moderna, ela oferece a seus leitores temas fundamentais para a reflexão, discutindo questões que ainda hoje se colocam no centro dos debates historiográficos. O que é um evento? O que são circunstâncias? Qual a relação entre probabilidade e certeza na história? Que tipo de testemunhos e divulgações é digno de crédito? O que é uma história? O que é uma narrativa? As coisas futuras devem ser objeto da inves¬tigação histórica? Com análises claras e pontuais, Chladenius nos introduz nas searas da crítica dos testemunhos, demonstrando a importância do ponto de vista para o estudo do passado, indicando procedimentos analíticos e hermenêuticos para se perscrutar as intenções e os sentidos das ações humanas. A Allgemeine Geschichtswissenschaft não tinha até agora nenhuma edição publicada fora da Alemanha.

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domingo, 14 de julho de 2013

PRONEM - Historiografia e Modernidade: variedades do discurso histórico



O NEHM entre os núcleos emergentes apoiados pela Fapemig


Em 2012, o Núcleo de Estudos em História da Historiografia (NEHM) foi contemplado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (FAPEMIG) no âmbito do Programa de Apoio a Núcleos Emergentes (PRONEM). De acordo com a própria FAPEMIG, essa ação permite a consolidação de linhas de pesquisas prioritárias, induzindo a formação de núcleos de excelência.

O projeto Historiografia e Modernidade: variedades do discurso histórico tem por objeto, em suas linhas gerais, o conhecimento histórico estabelecido na longue durée da formação do Estado moderno. A este ambicioso recorte cronológico corresponde um recorte geográfico que compreende o longo arco que vai da Europa à América Latina. Busca-se, assim, cobrir alguns dos principais problemas relativos à trajetória da história da historiografia ocidental: os primórdios da sua formação metódica, sua dinâmica conflitiva (advinda de um processo de crescente pluralização interna), a afirmação de sua auto-consciência humanística e formativa, seu efetivo papel na formação dos Estados Nacionais latino-americanos, os pontos de diálogo e as trocas com o universo supostamente fechado das hard sciences. Por fim, e, de novo numa perspectiva que articula elementos intrínsecos e extrínsecos à prática historiográfica, busca-se avaliar o impacto efetivo da historiografia na elaboração de novas agendas para uma “política da memória” na América Latina após o processo de redemocratização de fins do século XIX.

O campo da teoria da história e da historiografia, entendido aqui como estudo voltado para a história do saber histórico em suas múltiplas orientações temáticas e perspectivas teóricas, vem, há algum tempo, se consolidando de forma estável e produtiva nos domínios da disciplina histórica. Os trabalhos significativos de autores estrangeiros como o italiano Arnaldo Momigliano, os alemães Reinhart Koselleck e Hans Ulrich Gumbrecht, o francês François Hartog e o norte-americano Anthony Grafton, com vasta repercussão nas universidades brasileiras, são exemplares na ampla dimensão assumida pela pesquisa historiográfica desde a segunda metade do século XX.

O Núcleo de Estudos em História da Historiografia e Modernidade (NEHM), formado no Departamento de História da UFOP, é um dos exemplos do fortalecimento da área no Brasil. Fato importante, ainda, da institucionalização do campo no ambiente brasileiro foi a criação, em 2009, da Sociedade Brasileira de Teoria e História da Historiografia, no âmbito do Seminário Brasileiro de História da Historiografia, realizado desde 2007, no Instituto de Ciências Humanas e Sociais da Universidade Federal de Ouro Preto. O SNHH tem levado à cidade de Mariana pesquisadores de todo o país e reunido especialistas de renome, nacionais e estrangeiros.

O estudo voltado para a emergência, consolidação e questionamentos críticos da historiografia moderna, entendida, grosso modo, como aquela estabelecida desde o contexto do humanismo italiano dos séculos XIV e XV, até a conjuntura de revisão dos fundamentos desta historiografia, situada em sua maior parte ao longo do século XX, permitirá descortinar formas de abordagem e de entendimento renovadas para este tema. Enfocando-o a partir de prismas diversificados, mas com um eixo de perspectiva em comum, qual seja, as condições do saber histórico na modernidade.

sábado, 13 de julho de 2013

LANÇAMENTO: A Feira dos Mitos: A fabricação do folclore e da cultura popular (Nordeste 1920-1950)


A Feira dos Mitos: A fabricação do folclore e da cultura popular (Nordeste 1920-1950)

Durval Muniz de Albuquerque Júnior

Editora Intermeios

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ALGUNS LIVROS de história se voltam para o passado com a intenção de descobrir “o que exatamente aconteceu”. Suas páginas se pretendem janelas através das quais o leitor seria transportado ao tempo dos mortos, quem sabe assim aplacando a angústia de sua própria finitude. Obcecada em ser mestra, essa escrita cultiva a ilusão da verdade e tenta explicar o presente como resultado lógico do encadeamento de fatos e processos. Outras obras de história se dirigem predominantemente ao futuro, desejosas de ditar diretrizes de ação. Anseiam saber de antemão o que ocorrerá, ou definir o que deverá acontecer.
Para nossa alegria, há livros de história escritos para o presente. Anunciam em viva voz que sua matéria é a vida e os homens presentes. Assumindo-se como prática de seu tempo, não cogitam ocultar suas condições de produção ou seu lugar social. Antes, têm ganas de explicitá-los, apesar de saberem da impossibilidade de discursos plenos. Constroem-se como estratégia, movimentam-se como peça de jogo nos enfrentamentos do devir social-histórico. Para além de tentarem alcançar supostas verdades do passado ou iluminações do futuro, trazem a marca da necessidade gestada nos desafios contemporâneos mais decisivos. A feira dos mitos: a fabricação do folclore e da cultura popular (Nordeste, 1920-1930), de Durval Muniz de Albuquerque Junior, que o leitor tem em mãos, é uma dessas obras.

por Regina Horta Duarte

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terça-feira, 9 de julho de 2013

Segundo Encontro do Grupo de Discussões em História da Historiografia



O NEHM - Núcleo de Estudos em História da Historiografia e Modernidade convida todos para o segundo encontro do "Grupo de Discussões em História da Historiografia", com o debate do texto:

MOLLO, Helena Miranda. “Formas e dúvidas sobre como aprender com a história: um balanço”. In: NICOLAZZI, Fernando; MOLLO, Helena Miranda; ARAUJO, Valdei Lopes de. Aprender com a história? O passado e o futuro de uma questão. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2011.

dia: 07 de agosto de 2013
horário: 13:30hs
local: sala 21 (Prédio REUNI) - ICHS/UFOP

O texto pode ser encontrado na pasta do NEHM do Xérox do ICHS.

Informações: nehm@ichs.ufop.br

quarta-feira, 3 de julho de 2013

Grupo de Estudos em História da Historiografia realiza primeiro encontro

do Portal Universidade Federal de Ouro Preto

02-Jul-2013

por Fernanda Mafia

O Núcleo de Estudos em História da Historiografia e Modernidade (NEHM) promove o primeiro encontro do “Grupo de Estudos em História da Historiografia”, nesta sexta-feira, 5 de julho. A atividade será às 16h, na sala 21, no prédio do Reuni, do Instituto Ciências Humanas e Sociais, em Mariana. Na ocasião será realizado um debate acerca do texto “Como (re)escrever a história do Brasil hoje?”, de autoria do professor da UFOP Mateus Pereira. 

Segundo Rodrigo Machado, mestrando em história e co-organizador do projeto, o grupo pretende realizar debates quinzenais, abertos para a comunidade acadêmica e local, especialmente, alunos da graduação em história. O objetivo é fazer com que as pesquisas desenvolvidas tenham mais visibilidade dentro e fora da Universidade. 

Os textos em debate são predominantemente de alunos ou professores do NEHM. As atividades não necessitam de inscrição prévia. Informações: nehm@ichs.ufop.br.


Livro: Aprender com a história? O passado e o futuro de uma questão



Fernando Nicolazzi
Helena Miranda Mollo
Valdei Lopes De Araujo
(organizadores)


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Eis uma orelha. Órgão ancilar, penduricalho de um corpo. Resumo do que se vai ler. Ler? Mas a orelha não se destina a ouvir? Órgão da audição, o que faz ela aqui na abertura de um livro? O que pode fazer uma orelha num livro sobre a escrita da história, sobre o aprendizado que o narrar a história por escrito é ou não capaz de proporcionar? Nascida da desconfiança e da rejeição da voz, a historiografia, que durante muitos séculos não teve dúvida sobre sua utilidade para a vida, até se arvorando à condição de mestra, hoje se debate em dúvidas sobre seu poder de ensinar algo e de ser capaz de servir de orientação ao futuro. Este livro é a materialização do debate em torno do aprendizado que podemos retirar da e na história. Tomada como escrita exemplar, com escrita preditiva, capaz de enunciar as leis do devir, a historiografia, que durante muito tempo se opôs à voz, à fala, buscando na objetividade e cientificidade de sua escritura a legitimação social, parece hoje querer ser ouvida. Será este livro um grito de socorro? Será por isso que ele precisa de uma orelha? A historiografia está precisando de audição, mais do que de edição? O que posso garantir ao leitor, não ao ouvinte, é que ele terá acesso a um coro de vozes, nem sempre concordante, coro de contentes e descontentes com a situação contemporânea do saber histórico. Tendo que concorrer com outras formas de construir o passado, o saber histórico, fragmentado em muitas possibilidades de abordagens, ainda oscila entre as certezas das metanarrativas historicistas – aquelas que afirmam que a história e o fazer história ainda fazem sentido e que estamos sempre tornando o passado melhor – e o enunciado do fim do cronótopo historicista, do fim do sentido para escrever e ensinar história. Viveríamos, pois, entre a síndrome das fundações e a síndrome dos fins, entre a moral da história e a história amoral. Habitaríamos um tempo marcado pelo fascínio em relação ao passado e, no entanto, tempo de desencanto dos historiadores e da historiografia consigo mesmos.

Mas seu eu disse desencanto, talvez seja porque esse momento – como sugerem Gumbrecht e Charbel – requeira a reconciliação da historiografia como a voz, com o efeito da voz, com o afeto da voz sobre o corpo. A historiografia reataria seus laços com a retórica, prestando atenção na e fazendo parte da vozcidade de nosso tempo. Tempo em que as orelhas voltaram a ter importância para o historiador, tanto quanto os olhos. A historiografia, que pretendeu dar a ver o passado, hoje talvez precise dar-lhe a ouvir. Se é tempo de desencanto, talvez a historiografia precise ser canto, música, paisagem sonora, ambiência, clima de ideias. Afetar os homens tanto pelos conceitos, como pelos efeitos estéticos. Ser não apenas logos, mas mythos e rituais. Não apenas erudição, normatividade e rigor à moda alemã, mas talvez inventividade, criação poética e sonoridade à brasileira. Este livro testemunha Esse dilaceramento, pois o mais brasileiro dos textos é escrito por um alemão e o mais alemão, por um brasileiro. Que ele seja lido e ouvido. Que não caia no olvido é o desejo dessa orelha. E orelha tem desejos? Porque não!

por Durval Muniz de Albuquerque Júnior

Professor-Titular da Universidade Federal do Rio Grande do Norte

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sexta-feira, 21 de junho de 2013

Grupo de Discussões em História da Historiografia




O NEHM - Núcleo de Estudos em História da Historiografia e Modernidade convida todos para o primeiro encontro do "Grupo de Discussões em História da Historiografia", com o debate do texto:

PEREIRA, Mateus Henrique de Faria. Como (re)escrever a história do Brasil hoje? História & Perspectivas, Uberlândia (40): 151-175, jan.jun.2009.

dia: 05 de julho de 2013
horário: 16:00hs
local: sala 21 (Prédio REUNI) - ICHS/UFOP

O texto pode ser baixado gratuitamente no seguinte link:http://www.seer.ufu.br/index.php/historiaperspectivas/article/view/19211/10348

Informações: nehm@ichs.ufop.br

quinta-feira, 20 de junho de 2013

I Colóquio NEHM/PRONEM: variedades do discurso histórico



dias 31 de julho e 1º de agosto de 2013

Instituto de Ciências Humanas e Sociais
Universidade Federal de Ouro Preto

Inscrições GRATUITAS para ouvintes até dia 25 de julho de 2013
pelo e-mail: nehm@ichs.ufop.br

Não serão realizadas inscrições nos dias do evento.

Informações: www.nehm.ufop.br

CLIQUE AQUI PARA VER A PROGRAMAÇÃO COMPLETA DO EVENTO


quarta-feira, 13 de março de 2013

Inscrições para o 7º SNHH


Prezados,


Falta apenas um mês para o término do período de inscrições para apresentação em Simpósio Temático e Comunicação livre para graduandos no 7ºSNHH. Faça sua inscrição! A programação completa do seminário pode ser acessada através do evento.


terça-feira, 12 de março de 2013

Workshop - Sobre a emergência da semântica histórica (séculos XVIII-XX). Consciência histórica e mudança conceitual, com o Professor Javier Fernández Sebastián (Universidade do País Basco).

Javier Fernandez Sebastián

Minicurso gratuito com duração de quatro horas que será realizado no Instituto de Ciências Humanas e Sociais da Universidade Federal de Ouro Preto nos dias 14 e 15 de maio de 2013.

O professor Javier Fernandez Sebastián é um grande pesquisador nas seguintes áreas de investigação: a história intelectual e das linguagens e conceitos políticos no mundo ibero-americano. É coordenador do maior projeto internacional na área iniciado em 2006, o Iberconceptos: Proyecto y red de investigación en Historia Conceptual Comparada del Mundo Iberoamericano que integra uma rede de pesquisadores de toda a América Latina e Península Ibérica, num grande esforço de investigação coletiva que tem dado importantes resultados em termos de publicações e congressos internacionais. 

Javier Fernandez Sebastián já é uma referência como pesquisador e teórico da história e possui uma vasta obra, da qual podemos citar alguns exemplos: Political Concepts and Time. New Approaches to Conceptual History (2011); Diccionario político y social del mundo iberoamericano. La era de las revoluciones, 1750-1850 (2009); Diccionario político y social del siglo XX español y Diccionario político y social del siglo XIX español(2002 y 2008); L’avènement de l’opinion publique. Europe et Amérique XVIIIe-XIXe siècles (2004). Foi professor e pesquisador convidado em diversas universidades estrangeiras, entre elas a Sorbonne Nouvelle, Cambridge e Harvard, e participou de eventos diversos na Europa e América. Sua presença na UFOP será extremamente enriquecedora para os professores e alunos da UFOP e de outras universidades.


sexta-feira, 8 de março de 2013

Laboratório de Teoria e Historiografia da PUC-Rio


O Laboratório de Teoria e Historiografia da PUC-Rio convida: 

O Laboratório de Teoria e Historiografia, que funcionou numa primeira versão ao final da década de 1980 e início da de 1990, foi reformulado para oferecer um espaço público de apresentação, reflexão e debate das pesquisas que vêm sendo produzidas na área de estudos de Teoria da História e em linhas afins de investigação no âmbito das ciências humanas e sociais. A ideia é reunir os interessados, sempre a partir da apresentação de um trabalho, para discussão dos temas pertinentes.

Para o ano de 2013, imaginamos uma série de pelo menos oito encontros, quatros deles no primeiro semestre, e que contarão com os seguintes convidados e as respectivas datas:

15/3 – Eduardo Jardim (Filosofia, PUC-Rio) – Aspectos conceituais e históricos do modernismo

5/4 – Otavio Leonídio (Arquitetura, PUC-Rio) – Mínima história

10/5 – Marcelo Jasmin (História, PUC-Rio) – Limites políticos da história universal

7/6 – Newton Bignotto (Filosofia, UFMG) – Filosofia política e os arquivos de Florença no Renascimento

Local e hora: Sala 502-F – Prédio Frings – PUC-Rio - 11:00h

Para o segundo semestre já estão confirmadas as apresentações de Temístocles Cezar (UFRS), Rodrigo Turin (Unirio), Ricardo Benzaquen (PUC-Rio) e Henrique Estrada (PUC-Rio).

Coordenação: Henrique Estrada, Marcelo Jasmin e Ricardo Benzaquen

terça-feira, 5 de março de 2013

Sacola ecológica da Sociedade Brasileira de Teoria e História da Historiografia



Adquira uma sacola ecológica da SBTHH!!

Dimensões: 45x40cm.

Impressão em serigrafia.

Alças em quatro diferentes cores: Amarelo, Cru, Verde e Preto

Valor: R$ 7,00 + taxa de envio.

Maiores informações no e-mail nehm@ichs.ufop.br

segunda-feira, 4 de março de 2013

Livro: Tempo presente & usos do passado


Flávia Varella
Helena Miranda Mollo
Mateus Henrique de Faria Pereira
Sérgio da Mata
(organizadores)

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O tempo está na ordem do dia. A redescoberta da temática suscita reflexões no âmbito de diversas disciplinas, que procuram caracterizar o movimento das ciências humanas de apreensão do tempo e da historicidade – uma “nova sensibilidade teórica”? – como uma “virada histórica” (“tournant historique”) das ciências humanas. Daí a dúvida acerca do lugar dado à história como “ciência do tempo”.

Este livro oferece uma gama de reflexões com foco na questão do presente e nos usos de abusos do passado. A coletânea – exemplo instigante, coerente e denso de um tipo de publicação que, por vezes, tende à dispersão e não provoca discussão – soma-se a outras contribuições relevantes, que procuram enfrentar temas como a memória, o esquecimento, a identidade, a justiça, a ética e o testemunho.

Recolocando a questão da função social da história - particularmente relevante num contexto em que os historiadores brasileiros discutem a regulamentação de sua profissão -, os textos aqui reunidos oferecem a contribuição de alguns estudiosos brasileiros para um profícuo debate sobre questões éticas e epistemológicas relativas à historiografia, à memória, às condições do presente e ao lugar do passado, que se difundiram ao longo do século XX, adquirindo características de urgência nos últimos 50 anos. Tempo acelerado ou lento; presente “hipertrofiado” ou “encolhido”; “passado que não passa”; crise do tempo.

O desafio está posto e, como afirmam os organizadores, “caso não queira se tornar refém de ilusões, o olhar deve tornar-se mais dialético. Mas também mais rigoroso”. Seria o esforço do intelectual para assumir as rédeas de um debate que constantemente lhe escapa e adquire novos contornos graças à mídia, à internet e à ação de variados agentes a reivindicar, explícita ou implicitamente, o controle do tempo?

Seja qual for o espaço dado ao presente, ao passado ou, quem sabe, ao futuro, é útil lembrar, como faz a epígrafe introdutória, que “o tempo em que vivemos não é este tempo único, fundamental ou que irrompe na história, a partir do qual tudo se acaba ou tudo recomeça” (Foucault).


Por: Rebeca Gontijo

Professora Adjunta do departamento de História da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro.

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sexta-feira, 1 de março de 2013

Biblioteca Digital NEHM - Historiografia Brasileira

 
Entre os anos de 2007 e 2008, o Núcleo de Estudos em História da Historiografia e Modernidade desenvolveu o projeto intitulado: “Banco de Dados e Biblioteca Digital de História da Historiografia”. O projeto tinha como objetivo criar um enorme banco de dados sobre obras historiográficas e suas primeiras edições publicadas entre 1700 e 1900. Além do banco de dados foi criada uma biblioteca digital em CD com cópias digitalizadas, disponíveis gratuitamente na Internet, de obras que aparecem em nosso banco de dados. Agora o NEHM redisponibiliza essas obras através do SkyDrive, facilitando o acesso dos livros para todos aqueles que se interessam pela produção historiográfico do período indicado.
 
Boa pesquisa!
 
PARA ACESSAR A BIBLIOTECA DIGITAL CLICK AQUI
 

7º Seminário Brasileiro de História da Historiografia

 
Acontecerá entre os dias 12 a 15 de agosto deste ano o 7º Seminário Brasileiro de História da Historiografia, cujo tema é: Teoria da História e História da Historiografia: Diálogos entre Brasil - Alemanha. O evento terá lugar no campus de Mariana da Universidade Federal de Ouro Preto. As inscrições para simpósios temáticos, mini-cursos, comunicação livre para graduandos e ouvinte estão abertas a partir de hoje, dia 22 de fevereiro e vão até o dia 14 de abril, para as modalidades Simpósio Temático e comunicação-livre e 1º de julho para as demais modalidades. As inscrições devem ser feitas através do site do evento.
 
Maiores informações à respeito do 7ºSNHH podem ser acessadas através dos seguintes endereços:
Site: www.seminariodehistoria.ufop.br/7snhh
 
Outros esclarecimentos podem ser obtidos pelo e-mail seminario_ichs@yahoo.co m.br e através do e-mail pagamento_snhh@yahoo.com.br, destinado à responder dúvidas referentes ao processo de inscrição.
 
O evento é uma realização do Núcleo de Estudos em História da Historiografia e Modernidade (NEHM) em conjunto com a Sociedade Brasileira de Teoria e História da Historiografia (SBTHH).